PEDRO HENRIQUE GIROTTI SPERANDIO
Lembro-me com muito carinho e entusiasmo do tempo maravilhoso quando estudava na unidade de Valinhos, onde estive de 1999 a 2007, da 3ª série do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio.
A escola foi para mim, sobretudo um espaço de estímulo e acesso a múltiplos campos do conhecimento, dos quais pude tão bem me servir durante grande parte de minha infância e adolescência
Mesmo naquela época, já sabia que minha trajetória profissional seria bem diferente da dos meus amigos e colegas de classe, uma vez que a música sempre permeou as minhas atividades escolares. Durante o colegial, fiz o curso técnico de música no Conservatório Carlos Gomes de Campinas, já participava semanalmente de dois conjuntos instrumentais no Porto (a Orquestra Jovem e a Orquestra de Câmara) e passava praticamente todo meu tempo livre na frente do piano.
A primeira vez que solei com uma orquestra foi no auditório da Unidade II: sob a regência do querido Maestro Flávio Florence (falecido em 2008), tive, aos 14 anos, a oportunidade de executar o “Carnaval dos Animais” com a Orquestra de Câmara do Colégio.
Além dessa vivência musical que tive no Porto, foi através da incrível infraestrutura da escola, aliada ao apoio, estímulo e exemplo de meus pais e professores, que aprendi a valorizar o conhecimento e o esforço acima de tudo. Assim, pude cultivar no Colégio amizades e ensinamentos fundamentais para a vida toda, desenvolver um senso crítico refinado, um raciocínio lógico e ético privilegiado e, aos 17 anos, já contava com certificações que comprovavam proficiência em três línguas estrangeiras, além da segurança de que poderia escolher praticamente qualquer carreira nas principais universidades brasileiras.
Foi assim que selecionei a USP para fazer minha graduação em música com habilitação em instrumento: piano. Além do treinamento musical oferecido pela Universidade, passei também a buscar oportunidades que me projetassem em nível internacional.
De fato, o Porto me ofereceu uma estrutura que levo para toda a vida. Cada vez mais percebo o quão privilegiada foi minha formação e o tamanho do diferencial que possuo por conta dela, seja no Brasil, na Alemanha, na França, no Canadá ou nos EUA.